19 novembro 2009

O Calendário Maia



Com tanta gente falando do novo filme 2012 a curiosidade sobre o calendário maia ficou maior, então vou separar alguns materiais sobre essa curiosa profecia pra você já ir assistir sabendo do que está vendo ;)




Calendário maia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O dia de hoje no calendário maia corresponde a:
B'ak'tunK'atunTunWinalK'inTzolk'inHaab'
"trezena""vintena""dia""mês"
12 maia.svg

(12)
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(19)
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(16)
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(15)
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(12)
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(7)
MAYA-g-log-cal-D12-Eb.png

Eb'(12)
10 maia.svg

(10)
Keh

Keh(12)
Calendário Maia é um sistema de calendários ealmanaques distintos usados pela civilização maia damesoamérica pré-colombiana, e por algumas comunidades maias modernas nos planaltos da Guatemala.
Estes calendários podem ser sincronizados e interligados, suas combinações dando origem a ciclos posteriores, mais extensivos. A essência do sistema de calendários Maia é baseado em um sistema que era de uso comum na região, datando pelo menos do século VI a.C.. Ele tem em comum muitos aspectos com calendários empregados por outras civilizações mesoamericanas anteriores, como os Zapotecas, e Olmecas, e algumas civilizações contemporâneas ou antigas, como osMixtecas e o calendário asteca. Apesar de os calendários mesoamericanos terem origem com os maias, suas extensões e refinamentos subsequentes foram os mais sofisticados. Junto com os dos Astecas, os calendários maias são os melhores documentados e melhor compreendidos.
Pela tradição da mitologia maia, como documentado nos registros colonais Yucatecas e reconstruídos de inscrições do Clássico Posterior e Posclássico, a deidade Itzamna é frequentemente creditada como tendo levado o conhecimento do sistema de calendários ao ancestral Maia, junto com a escrita em geral e outros aspectos fundacionais da cultura maia[1].

Índice

 [esconder]


O mais importante dos calendários é o com período de 260 dias. Este calendário de 260 dias era prevalente em todas as sociedades mesoamericanas, e é de grande antiguidade (quase certamente o mais velho dos calendários). Ainda está em uso em algumas regiões deOaxaca, e pelas comunidades maias dos planaltos da Guatemala. A versão maia é conhecida pelos estudiosos como Tzolkin, ou Tzolk'in naortografia revisada da Academia de las Lenguas Mayas de Guatemala[2]. O Tzolk'in é combinado com outro calendário de 365 dias (conhecido como Haab, ou Haab'), para formar um ciclo sincronizado durando 52 Haabs, chamado de Ciclo do Calendário. Ciclos menores de 13 dias (atrecena) e 20 dias (a veintena) foram componentes importantes dos ciclos Tzolk'in e Haab', respectivamente.
Uma forma diferente de calendário era usada para manter registros de longos períodos de tempo, e para a inscrição da data de calendário (identificando quando um evento aconteceu em relação a outros). Esta forma, conhecida como Calendário de Contagem Longa Mesoamericanoou Contagem Longa, é baseada no número de dias passados desde um ponto de início mítico[3]. De acordo com a correlação entre a Contagem Longa e os calendários ocidentais aceita pela grande maioria dos pesquisadores maias (conhecida como a correlação GMT), este ponto de início é equivalente ao dia 11 de agosto de 3114 a.C. no calendário Gregoriano, ou 6 de setembro no calendário juliano (-3113 astronômico). A correlação Goodman-Martinez-Thompson foi escolhida por Thompson em 1935 baseado em correlações anteriores de Joseph Goodman em 1905 (11 de agosto), Juan Martínez Hernández em 1926 (12 de agosto), e John Eric Sydney Thompson em 1927 (13 de agosto)[4][5]. Pela sua natureza linear, a Contagem Longa era capaz de ser estendida para se referir a qualquer data no futuro ou passado distante. Este calendário envolvia o uso de um sistema de notação posicional, em que cada posição significava um múltiplo cada vez maior do número de dias. O sistema numérico Maia era essencialmente vigesimal (ou seja, tinha base numérica 20), e cada unidade de uma dada posição representava 20 vezes a unidade na posição que a precede. Uma exceção importante foi feita no valor de segunda ordem, que em vez disto representava 18 × 20, ou 360 dias, mais próximo do ano solar do que seriam 20 × 20 = 400 dias. Deve-se notar entretanto que os ciclos da Contagem Longa eram independentes do ano solar.
Muitas inscrições da Contagem Longa Maia são suplementadas com uma Série Lunar, que fornece informações sobre a fase lunar e posição da Lua em um ciclo semi-anual de lunações.
Um ciclo de 584 dias, de Vênus, também era mantido, que registrava os nascimentos heliacais de Vênus como estrela da manhã ou da tarde. Muitos eventos neste ciclo eram vistos como sendo astrologicamente inauspiciosos e fatais, e ocasionalmente as guerras eram iniciadas de forma a coincidir com estágios deste ciclo.
Outros ciclos, combinações e progressões de calendários menos prevalentes ou mal-compreendidos, também eram seguidos. Uma contagem de 819 dias aparece em algumas poucas inscrições. Conjuntos repetitivos de intervalos de 9 e 13 dias associados com diferentes grupos de deidades, animais e outros conceitos significantes também são conhecidos.


Conceito maia de tempo

Com o desenvolvimento do calendário da Contagem Longa e sua notação posicional (que se acredita herdada de outras culturas mesoamericanas), os maias tinham um sistema elegante no qual os eventos podem ser registrados em um relacionamento linear aos outros, e também com respeito ao próprio calendário ("tempo linear"). Em teoria, este sistema pode ser estendido para delinear qualquer extensão de tempo desejado, simplesmente acrescentando ao número de maior ordem marcadores usados (e assim gerando uma sequência crescente de múltiplos de dias, cada dia na sequência é identificado univocamente por seu número da Contagem Longa). Na prática, a maioria das inscrições maias da Contagem Longa se confinam em registrar somente os primeiros 5 coeficientes neste sistema (uma contagem b'ak'tun), que era mais que adequado para expressar qualquer data histórica ou atual (com um intervalo equivalente a 5.125 anos solares). Mesmo assim, existem inscrições que apontavam ou implicavam sequências maiores, indicando que os maias tinham um uma concepção bem entendida de tempo linear (passado-presente-futuro).
Entretanto, e em comum com outras sociedades mesoamericanas, a repetição dos vários ciclos de calendário, os ciclos naturais de fenômenos observáveis, e a recorrência e renovação da imagem de morte-renascimento em suas tradições mitológicas foram uma influência importante e pervasiva sobre as sociedades maias. Esta visão conceitual, em que a "natureza cíclica" do tempo é destacada, era proeminente, e muitos rituais eram feitos preocupados com a conclusão e re-ocorrência dos vários ciclos. Como as configurações particulares do calendário eram novamente repetidas, assim também as influências "sobrenaturais" em que elas eram associadas. Desta forma cada configuração particular do calendário tinha um "caráter" específico a ela, que poderia influenciar os dias que exibiam tais configurações. Divinaçõespoderiam então ser feitas a partir dos augúrios associados com uma certa configuração, como os eventos em datas futuras seriam sujeitos às mesmas influências conforme as datas correspondentes de ciclos prévios. Eventos e cerimônias eram marcados para coincidir com datas auspiciosas, e evitando as inauspiciosas[6].
O final de ciclos de calendário significantes ("finais de período"), como um ciclo k'atun, geralmente eram marcados pela ereção e dedicação de monumentos específicos (principalmente inscrições em estela, mas algumas vezes complexos de pirâmides gêmeas como as em Tikal eYaxha), comemorando o final, acompanhado por cerimônias dedicatórias.
Uma interpretação cíclica também é notada nos mitos de criação Maia, em que o mundo atual e os humanos nele foram precedidos por outros mundos (de um a cinco outros, dependendo de onde vem a tradição) que foram feitos de várias formas pelos deuses, mas subsequentemente destruídos. O mundo atual teria uma existência tênue, requerendo súplicas e ofertas de sacrifícios periódicos para manter o balanço da continuidade da existência. Temas similares fazem parte dos mitos de criação de outras sociedades mesoamericanas[7].


Calendário tzolk'in

tzolk'in (na ortografia maia moderna , também escrito tzolkin) é o nome comumente empregado pelos pesquisadores dos maias para o Ciclo Sagrado Maia ou calendário de 260 dias. A palavra tzolk'in é um neologismo feito em Maia Yucateca, para significar "contagem de dias"[8]. Os vários nomes deste calendário como usado pelos povos maias pré-colombianos ainda são debatidos pelos estudiosos. O calendário Astecaequivalente foi chamado Tonalpohualli, na língua Nahuatl.
O calendário tzolk'in combina vinte nomes de dias com os treze números do ciclo trecena para produzir 260 dias únicos. Ele é usado para determinar o momento de eventos religiosos e cerimoniais e para divinação. Cada dia sucessivo é numerado de 1 a 13 e então começa novamente em 1. Além disso, a cada dia é dado um nome em sequência de uma lista de 20 nomes de dias:
Calendário Tzolk'in: nomes dos dias e glifos associados (em sequência)
No.
Seq.1
Nome do
dia 2
Exemplo de
glifo 3

Iucateque do séc. XVI 4
Língua maia
reconstruído5
No.
Seq.1
Nome do
dia 2
Exemplo de
glifo 3

Iucateque do séc. XVI 4
Língua maia
reconstruído5
01Imix'MAYA-g-log-cal-D01-Imix.pngImixImix (?) / Ha' (?)11ChuwenMAYA-g-log-cal-D11-Chuwen.pngChuen(desconhecido)
02Ik'MAYA-g-log-cal-D02-Ik.pngIkIk'12Eb'MAYA-g-log-cal-D12-Eb.pngEb(desconhecido)
03Ak'b'alMAYA-g-log-cal-D03-Akbal.pngAkbalAk'b'al (?)13B'enMAYA-g-log-cal-D13-Ben.pngBen(desconhecido)
04K'anMAYA-g-log-cal-D04-Kan.pngKanK'an (?)14IxMAYA-g-log-cal-D14-Ix.pngIxHix (?)
05ChikchanMAYA-g-log-cal-D05-Chikchan.pngChicchan(desconhecido)15MenMAYA-g-log-cal-D15-Men.pngMen(desconhecido)
06KimiMAYA-g-log-cal-D06-Kimi.pngCimiCham (?)16Kib'MAYA-g-log-cal-D16-Kib.pngCib(desconhecido)
07Manik'MAYA-g-log-cal-D07-Manik.pngManikManich' (?)17Kab'anMAYA-g-log-cal-D17-Kaban.pngCabanChab' (?)
08LamatMAYA-g-log-cal-D08-Lamat.pngLamatEk' (?)18Etz'nab'MAYA-g-log-cal-D18-Etznab.pngEtznab(desconhecido)
09MulukMAYA-g-log-cal-D09-Muluk.pngMuluc(desconhecido)19KawakMAYA-g-log-cal-D19-Kawak.pngCauac(desconhecido)
10OkMAYA-g-log-cal-D10-Ok.pngOc(desconhecido)20AjawMAYA-g-log-cal-D20-Ajaw.pngAhauAjaw
NOTAS:
1. o número sequencial do dia designado no calendário Tzolk'in
2. Nome do dia, na ortografia padrão revista padrão da Academia Guatemalteca de Línguas Maias
3. Exemplo de glifo (logograma) para o dia designado. Notar que para a maior parte destes existem várias formas diferentes; as aqui mostradas são as versões talhadas nos monumentos (estas são versões em cartela)
4. Nome do dia, conforme registros em língua iucateque do século XVI, principalmente de Diego de Landa; até há pouco tempo, esta ortografia era largamente difundida
5. Na maioria dos casos, não é conhecido o verdadeiro nome do dia, tal qual era falado nos tempos do período clássico(c. 200-900) em que foi feita a maioria das inscrições. As versões aqui apresentadas (em maia clássico, a principal língua usada nas inscrições) são reconstruções baseadas em evidências fonológicas, se existentes; o símbolo '?' indica que se trata de uma tentativa de reconstrução.

Alguns sistemas começaram a contagem em 1 Imix', seguido por 2 Ik', 3 Ak'b'al, etc. até 13 B'en. Os números de dias da trecena então começa novamente em 1 enquanto a sequência de nomes de dias continua, assim os próximos dias na sequência são 1 Ix, 2 Men, 3 K'ib', 4 Kab'an, 5 Etz'nab', 6 Kawoq, e 7 Ajau. Com todos os vinte nomes de dias usados, estes começam a repetir o ciclo enquanto a sequência numérica continua, assim o próximo dia após 7 Ajaw é 8 Imix'. A repetição completa destes ciclos interconectados de 13 e 20 dias portanto leva 260 dias para se completar (ou seja, para que todas as combinações possíveis de número/nome de dia acontecer uma vez).


Origem do Tzolk'in

A origem exata do Tzolk'in não é conhecida, mas existem várias teorias. Uma teoria é que o calendário vem de operações matemáticas baseadas nos números 13 e 20, que eram números importantes para os maias. Os números multiplicados dão 260. Outra teoria é que o período de 260 dias vem da duração da gestação humana. Esta é bem parecida com o número médio entre o primeiro período menstrualperdido e o nascimento, diferente da Regra de Naegele, que é de 40 semanas (280 dias) entre a última menstruação e o nascimento. É postulado que as mães teriam desenvolvido originalmente este calendário para prever as datas de nascimento dos bebês.
Uma terceira teoria vem do entendimento da astronomia, geografia e paleontologia. O calendário mesoamericano provavelmente se originou com os Olmecas, e um assentamento existia em Izapa, no Chiapas Mexico, no sudoeste, antes de 1200 a.C.. Lá, a uma latitude de cerca de 15ºN, o Sol passa pelo zênite duas vezes por ano, e existem 260 dias entre as passagens no zênite, e gnômons (usados geralmente para a observação do caminho do Sol e em particular passagens pelo zênite) foram encontrados nesses e outros lugares. O almanaque sagrado pode também ter sido iniciado em 13 de agosto de 1359 a.C, em Izapa. Vincent H. Malmström, um geógrafo que sugeriu este local e data, apresenta suas razões:
(1) Astronomicamente, é a única latitude na América do Norte onde um intervalo de 260 dias (o comprimento do almanaque sagrado "estranho" usado na região em tempos pré-colombianos) pode ser medido entre posições verticais do Sol -- um intervalo que começa no dia 13 de agosto -- o dia que os povos da mesoamérica acreditavam que o presente mundo foi criado; (2) Historicamente, era o único lugar nesta latitude que era velho o suficiente para ser o berço do almanaque sagrado, que naquela época (1973) se pensava datar nos séculos quarto ou quinto a.C; e (3) Geograficamente, era o único lugar sobre o paralelo de latitude apropriado que está em um nicho ecológico tropical onde criaturas como aligatores, macacos e iguanas eram nativos -- todos eles usados como nomes de dias no almanaque sagrado[9].
Malmström também oferece fortes argumentos contra duas das explicações anteriores.
Uma quarta teoria é a de que o calendário é baseado nas colheitas. Do plantio à colheita há aproximadamente 260 dias.


Haab'

"meses" 'Haab''[10]
NomeSignificado
Poptapete
Woconjunção preta
Sipconjunção vermelha
Sotz'morcego
Sek ?
Xulcão
Yaxk'insol novo
Molágua
Ch'entempestade negra
Yaxtempestade verde
Saktempestade branca
Kehtempestade vermelha
Makfechado
K'ank'insol amarelo
Muwancoruja
Paxtempo de plantio
K'ayab'tartaruga
Kumk'udepósito de grãos
Wayeb'cinco dias de azar
 Jones 1984
O Haab' era o calendário solar maia feito de dezoito meses de vinte dias cada mais um período de cinco dias ("dias sem nome") no fim do ano conhecidos como Wayeb' (ou Uayeb na ortografia do século XVI). Bricker (1982) estimou que o Haab' foi usado a primeira vez cerca de 550 a.C. com o ponto de início no solstício de inverno.
Os nomes dos meses do Haab' são conhecidos atualmente pelos nomes correspondentes na era colonial Maia Yukatek, conforme transcrito por fontes do século XVI (em particular, Diego de Landa e livros como oChilam Balam de Chumayel). Análises fonêmicas dos nomes de glifos Haab' em inscrições maias pré-colombianas demonstram que os nomes destes períodos de vinte dias variavam consideravelmente de região para região e de período a período, refletindo diferenças na linguagem básica e uso nas eras Clássicas e Pos-clássicas predatando seus registros por fontes espanholas[11].
Cada dia no calendário Haab' era identificado por um número de dia no mês seguido pelo nome do mês. Os números dos dias começam com um glifo traduzido como "assento de" um nome de mês, que é usualmente atribuído como o dia 0 do mês, apesar de uma minoria o tratar como o dia 20 do mês que precede o mês nomeado. No último caso, o "assento de Pop" é o dia 5 de Wayeb'. Para a maioria, o primeiro dia do ano era 0 Pop (o assentamento de Pop). Ele era seguido de 1 Pop, 2 Pop, até 19 Pop, então 0 Wo, 1 Wo, e assim por diante.
Como um calendário para manter registro das estações, o Haab' era um pouco impreciso, já que tratava o ano como tendo exatamente 365 dias, e ignorava o excedente de um quarto de dia (aproximado) no ano tropicalreal. Isto significa que as estações se moviam com respeito ao calendário por um quarto de dia a cada ano, de forma que os meses do calendário com nomes de estações em particular não mais corresponderiam a estas estações após alguns séculos. O Haab' é equivalente ao ano de 365 dias dos antigos egípcios. Alguns afirmam que os Maias sabiam disto e compensavam o erro de um quarto de dia, mesmo que seus calendários não incluissem nada comparado ao ano bissexto, um método que foi implementado primeiro pelos romanos.


Wayeb'

Os cinco dias sem nome no fim do calendário, chamados Wayeb', eram dias que se acreditavam perigosos. Foster (2002) escreve "durante o Wayeb, portais entre o reino mortal e o Submundo se dissolviam. Nenhum limite impedia que as deidades mal-intencionadas causassem desastres". Para afastar os maus espíritos, os maias tinham costumes e rituais que eram praticadas durante o Wayeb'. Por exemplo, as pessoas evitavam sair de casas ou lavar e pentear o cabelo.


Ciclo de Calendário

Nem o sistema Tzolk'in nem o Haab' numeram os anos. A combinação de uma data Tzolk'in e uma data Haab' era suficiente para identificar uma data para a satisfação da maior parte das pessoas, já que uma combinação destas não se repete antes de 52 anos, muito acima da expectativa de vida geral da época.
Estes dois calendários eram baseados em 260 e 365 dias respectivamente, o ciclo completo se repete exatamente a cada 52 anos Haab'. Este período era conhecido como um Ciclo de Calendário. O fim do Ciclo de Calendário era um período de tensão e má sorte entre os maias, eles esperavam para ver se os deuses concederiam outro ciclo de 52 anos.


Contagem Longa

Detalhe mostrando três colunas de glifos da Stela La Mojarra 1 do século II d.C.. A coluna da esquerda dá a data da Contagem Longa de 8.5.16.9.9, ou 156 d.C.. As duas colunas da direita são glifos do escrito Epi-Olmeca.
Como as datas do Ciclo de Calendário só podem distinguir datas em 18.980 dias, equivalentes a cerca de 52 anos solares, o ciclo se repete aproximadamente uma vez em uma vida, e portanto, um método mais refinado para manter datas era necessário para registrar a história de forma mais precisa. Para manter datas, portanto, sobre períodos mais longos que 52 anos, os mesoamericanos criaram o calendário da Contagem Longa.
O nome Maia para dia era k'in. Vinte destes k'ins são conhecidos como um winal ou uinal. Dezoito winals fazem um tun. Vinte tuns são conhecidos como k'atun. Vinte k'atuns fazem um b'ak'tun.
O calendário da Contagem Longa identifica uma data contando o número de dias desde a criação Maia de 4 Ahaw, 8 Kumk'u (11 de agosto de 3114 a. C. no calendário gregorianoou 6 de setembro no calendário juliano). Mas em vez de usar uma base 10 (decimal) como a numeração ocidental, os dias da Contagem Longa eram registradas em um esquema de base 20 modificada. Assim, 0.0.0.1.5 é igual a 25, e 0.0.0.2.0 é igual a 40. Como a unidade winal reinicia após contar a 18, a Contagem Longa usa a base 20 consistentemente só se o tun for considerada a unidade primária de medida, não o k'in, com o k'in e winal sendo os números de dias em um tun. A contagem longa 0.0.1.0.0 representa 360 dias, em vez de 400 em uma contagem de base 20 pura.
Tabela de unidades da Contagem Longa
Diasperíodo da Contagem Longaperíodo da Contagem Longaanos solares aproximados
1= 1 K'in  
20= 20 K'in= 1 Winal0.055
360= 18 Winal= 1 Tun1
7,200= 20 Tun= 1 K'atun19.7
144,000= 20 K'atun= 1 B'ak'tun394.3
Existem também quatro ciclos de ordem maior raramente usados: piktunkalabtun,k'inchiltun, e alautun.
Como as datas da Contagem Longa não são ambíguas, a Contagem Longa era particularmente bem adaptada para o uso em monumento. As inscrições monumentais não só incluíam os 5 dígitos da Contagem Longa, mas também incluiam os dois caracteres tzolk'in seguidos pelos dois caracteres haab'.
O calendário mesoamericano de Contagem Longa forma a base de uma crença do movimento Nova Era, uma previsão feita pela primeira vez por José Argüelles, de que um cataclisma aconteceria no dia 21 de dezembro de 2012, uma previsão que os estudiosos da cultura maia consideram um erro de interpretação, e mesmo assim bastante repetido pela mídia de cultura pop como o problema de 2012.
Por exemplo, Sandra noble, diretora executiva da organização de pesquisa mesoamericana Foundation for the Advancement of Mesoamerican Studies, Inc., aponta que "para os antigos maias, havia uma grande celebração no fim de um ciclo completo". Entretanto, ela considera que a apresentação de dezembro de 2012 como um evento de fim de mundo ou mudança cósmica como "uma total invenção e uma chance para muita gente ganhar dinheiro"[12].


Ciclo de Vênus

Outro calendário importante para os maias era o ciclo de Vênus. Os maias eram astrônomos habilidosos, e podiam calcular o ciclo de Vênus com extrema precisão. Existem seis páginas no Códex de Dresden (um dos códices Maia) devotado ao cálculo preciso do nascimento heliacal de Vênus. Os maias conseguiram atingir tal precisão pela observação cuidadosa por muitos anos. Existem várias teorias sobre por que o ciclo de Vênus era especialmente importante para os maias, incluindo a crença de que estava associado com a guerra e usado para adivinhar bons períodos (chamada astrologia eletiva) para coroações e guerras. Os governadores maias planejavam o início das guerras quando Vênus se levantava. Os maias possivelmente também registravam os movimentos de outros planetas, incluindo Marte, Mercúrio, e Júpiter.

1 comentários:

Isabella F. 24 de novembro de 2009 às 17:00  

Olá. Nossos blogs são parceiros, porém com ovocê pegou o banner no meu blog aonde o link estava quebrado, peço que atualize meu banner. O blogger não permite que eu poste aqui o html então você terá que pegar no site novamente ou me deixar o eail de vocês para eu mandar o codigo pro email.

Abraços, e obrigada.

Isa F.
www.simbologiamaldita.com

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